Há muito, muito tempo atrás, existia um cavaleiro muito corajoso chamado Barnabé. Barnabé era um homem forte, alto, musculoso, usava uma brilhante armadura prateada e uma espada maravilhosa capaz de abalar as fundações da terra.
Um dia, ele estava sentado no salão de seu Castelo, comendo uvas verdes, quando um mensageiro magricela entrou correndo na sala do castelo, gritando:
" Senhor, senhor, temos uma emergência!! "
Barnabé logo levantou-se e perguntou:
" Diga, plebeu, qual a emergência? "
" Senhor, a princesa do reino foi raptada! "
Barnabé soube então seu propósito, a razão de sua mera existência, o motivo de tudo aquilo estar acontecendo: ele devia salvar a princesa.
O nobre cavaleiro correu até os estábulos onde pegou seu melhor cavalo, um corcel cinzento das dunas do Egito. Amolou sua espada e reforçou sua armadura. Estava colocando o elmo quando o seu escudeiro veio lhe trazer sua espada e avisá-lo:
" Ela está na Fortaleza Negra, ao norte, onde mora o Dragão Vermelho e o mago das sombras. "
" Obrigado, Gilbert. Se algo acontecer comigo, você pode ficar com meu castelo! " e assim o bravo guerreiro parte rumo ao castelo onde sua futura esposa está.
Era uma viagem longa. A Fortaleza Negra ficava ao leste dos bosques vermelhos, no norte do continente. Durante dias e noites o cavaleiro cavalgou pelo mais árido deserto e pela mais densa selva, da mais distante praia até o mais alto pico, do mais sombrio pântano até a mais interminável das planícies...
Milhares de perigos surgiram no seu caminho, monstros ferozes, ogros das montanhas, orcs selvagens, goblins raivosos e bandidos que ousaram tentar pilhar os espólios de cada conquista do bravo guerreiro.
Após dias e mais dias sujando sua espada com o sangue dos infiéis, o cavaleiro finalmente avista, no horizonte, a silhueta distorcida daquela torre maldita, refúgio do mal e prisão de uma bela dama, símbolo de pureza enjaulado num inferno na terra.
O cavaleiro baixou sua viseira, corajoso, e seguiu cavalgando; espada erguida.
Durante horas, a torre parecia fugir dele. Até que, finalmente, ela ficava cada vez mais próxima, e mais próxima, até que, sem perceber, ele estava diante de uma estreita e quebrada ponte de madeira, que atravessava um profundo desfiladeiro até a entrada do outro lado.
Barnabé desceu do cavalo e preparou sua espada. Foi atravessando a ponte lentamente, com todo o cuidado. Estava no meio da travessia quando, subitamente, um terrível dragão vermelho surgiu nos céus e começou a cuspir fogo para todo lado. O monstro avançou direto contra Barnabé, que corajosamente preparou um golpe certeiro.
Assim que o monstro passou, o cavaleiro desviou de sua mordida e sentou-lhe um golpe de espada no pescoço, espirrando sangue para todo lado. Nervoso, o dragão virou e atacou novamente, mas o cavaleiro mais uma vez esquivou e golpeou o olho do dragão, desferindo-lhe um golpe fatal. A criatura caiu inerte no penhasco, mas não antes de puxar a ponte com suas afiadas garras.
Quando a ponte começou a despencar, Barnabé saiu correndo em direção ao outro lado, a cada passo que dava a madeira atrás de si caia. Quando finalmente chegou até o último passo, saltou para o outro lado e a ponte caiu completamente. Suspirou por um tempo e tirou o elmo para respirar. Mas não havia tempo - abriu a porta e avançou.
" Idiota! Como ousa entrar nos meus domínios?? Hahahahaha!!! " A voz do mago das sombras ecoou, assim que ele surgiu e começou a atacar Barnabé, que acabara de entrar na torre.
Era um grande salão redondo com uma escada em espiral que subia até escurecer. O mago lançava cristais de gelo pontudos contra Barnabé, que corajosamente desviava de todos ou os quebrava com sua espada. Foi então, num momento oportuno, que o cavaleiro pulou e enfiou sua espada no coração do mago, que morreu.
Assim que o serviço foi terminado e a lâmina limpa, Barnabé começou a subir as escadas desesperadamente. Corria degrau após degrau, sem parar para pensar, sem imaginar os perigos ou armadilhas que podiam ali haver. Apenas corria, e corria, e corria.
Segundos, minutos... Horas.... A escada parecia interminável. E ele não parou nem um segundo, corria como louco, rumo a sua amada. Cerca de dois dias depois, Barnabé, que já havia jogado sua armadura e espada fora, finalmente chegou até uma porta, todo suado.
Lentamente a abriu... E lá estava ela. Graciosa, bela, sensual... Seus olhos eram cor de mel, e cintilavam com a luz do luar que entrava pela janela... Seu rosto era doce e suave, pálido e belo perto dos lindos cabelos ruivos que esvoaçavam numa trança...
Barnabé sorriu, vendo sua amada, mas começou a sentir uma palpitação no peito... Havia corrido demais? Estava velho para todas aquelas escadas? Ela estranhou, ele suava muito. O que estava acontecendo? Tudo foi ficando escuro... Barnabé começou a caminhar para trás... Sentindo algo errado...
Desmaiou de fadiga... E caiu da escada... A queda durou minutos.... Até que seu corpo finalmente encontrou o chão e assim acabou a saga do herói.
Diz a lenda que a princesa fugiu e casou-se com Gilbert, o escudeiro, que herdou o castelo de Barnabé como ele disse no começo da história.
Fim.
MORAL DA HISTÓRIA: Pare de praticar exercícios quando estiver muito cansado e nunca deixe seu castelo de herança pra seu escudeiro, ou ele vai roubar sua mina.
2 comentários:
nossa
mas nossa
IUAHIAHAIUAHIUAHAIUHAIUAHIAUHAIUHAIuh
Maaaaaano o unico barnabe que eu conheço, eh o do SITIO DO PICA PAU =Pp saUHSHUsuhSUHsuhSHUsuh
TIO BARNABE =Pp!
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