segunda-feira, 5 de julho de 2010

World Cup 2010

 Wooooooorld Cup!
 texto inspirado na reportagem de Marcos Uchôa no Seleção SporTV em 04 de Julho de 2010

 A Copa do Mundo acabou para o Brasil mais cedo do que gostaríamos, e é inevitável não comentar o que ocorreu nesse último mês. O que vimos está longe de ser o futebol que gostamos, mas está tão ruim assim? Será que o Brasil jogou tão mal quanto Itália, Portugal, França ou Argentina? Não, nenhuma dessas perguntas tem uma resposta certa.

O que vimos nesse último mês foi um Brasil diferente. Começando pela suas características, há muito tempo que não víamos uma seleção Canarinha sendo uma seleção de raça, e não de graça. Onde foram parar os dribles, as cobranças de faltas? Ficaram com o Zico, Ronaldinho? Com Garrincha? Não, isso não é verdade. O que aconteceu nessa Copa foi um treinador diferente.

Diferente não significa ser ruim, diferente significa não ser igual aos outros. E, talvez, esse tenha sido o maior erro da seleção de 2010. Fazer todos - inclusive os jogadores - esquecerem o que aconteceu em 2006 foi a principal tarefa da comissão técnica. E essa tarefa foi tão bem sucedida que, até a habilidade demonstrada contra os adversários na Copa da Alemanha ficou para trás.


Essa atitude está longe de estar certa, como está longe de estar errada. O correto aqui seria utilizar o que existe de bom na raça e na graça. Futebol permite ser meio termo. Não existe nenhum time que seje completamente tático ou um time que seja completamente habilidoso, no futebol atual, tática e habilidade são características que andam juntas. Fazem gols juntas.

Mas então, se o Brasil não estava errado em atuar dessa maneira, o que aconteceu? Foi azar? A Holanda jogou melhor? A culpa é do Ronaldinho que não foi para a Copa? Não. Não. E não. Nenhuma dessas perguntas podem ser facilmente respondida.

O Brasil deu azar? Não, o Brasil não deu chance para a sorte. O Brasil tinha Felipe Melo, um jogador bravo, uma bomba pronta para explodir. Isso foi, sem dúvida um erro. Contar com um jogador que, ao invés de contar quantos gols perdeu, conta quantos amarelos tomou... Isso é não dar chance para a sorte.
Ok, todo mundo viu quando ele fez o passe para o gol de Robinho. Parabéns, mas adianta você fazer o passe para o seu melhor jogador e quando você precisa sair, para justamente, ajudar o seu melhor jogador, não podemos contar com você? Pisar em um jogador que não tinha agredido ninguém e em momento algum fez mensão de machucar um jogador brasileiro é certo? Não. Não é correto. E isso não é azar.


E a Holanda, ela jogou bem? Não. Mas também não podemos negar que essa é uma seleção que deverá disputar o caneco com muita capacidade, e junto a Alemanha é uma forte candidata a ser campeã. Contudo, analisando o jogo contra o Brasil, a Holanda não jogou tudo o que ela sabe no primeiro tempo. Talvez tenha sido de propósito, para deixar o Brasil mais confiante, mas o que nós vimos no primeiro tempo nos fez pensar: "Ei, olha o Brasil habilidoso que não víamos a 4 anos". Pelo menos, eu pensei. Mas o segundo tempo voltou com o Brasil que estamos nos acostumando a ver, aquele Brasil da raça, que ganha no contra-ataque, que, sim, ganhou a Copa das Confederações e a Copa América, mas que não encanta.

Afinal, quem precisa de encantamento quando se tem vitória? O brasileiro precisa, e não só ele, o telespectador que assisti ao Brasil (mesmo não sendo brasileiro), só assisti, pois quer ver espetáculo. É como ir ao jogo do Santos (hoje) e não ver o Neymar, nem o Robinho e nem o Ganso. Pode ganhar (e ganha!), mas não entretem o torcedor.

E isso não foi só privilégio da seleção brasileira, muitas das seleções que tem como obrigação dar show, não apareceram, nem sequer para ganhar. Ronney, Cristiano Ronaldo, Drogba e Messi não jogaram o que todos esperavam. E isso, mais uma vez foi o problema. As "estrelas" não apareceram e não tinha ninguém que os pudessem substituir. Digo isso, com mais certeza, no caso do Brasil, pois considerar que Júlio Baptista é o "segundo" melhor meia-amador brasileiro é algum tipo de piada. Quando olhávamos para o banco e víamos que, sem Kaká teriamos que colocar o Júlio Batista (já que o Elano já estava em campo), isso não nos deixava tranquilo. Por esse motivos perdemos. Pelo segundo tempo da Holanda, e pela falta de reação do Brasil.

Mas e como solucionariamos isso? Com Ronaldinho? Ganso? Não, mas também não é com Júlio Baptista que solucionamos isso. Ronaldinho até seria uma opção boa, seria como o Schumacher na fórmula 1, ele pode não estar na melhor forma, mas ele ainda continua sendo o Schumacher, e não o Rubinho.


E no final, não é com isso que devemos nos preocupar. O que devemos nos preocupar é com o que vai acontecer daqui para frente. Que legado essa seleção deixou para o seu sucessor? O que devemos esperar da seleção em 2014, onde TEMOS que sair com a taça?

O fato de não sabermos muito demonstra que esse foi um erro hoje. A essa altura, com algumas decisões diferentes, teríamos uma idéia, como temos a de que Nilmar é o sucessor direto no ataque, de quem poderíamos levar para 2014. Se o Ganso estivesse no banco, ele já teria adquirido experiência suficiente para, quando ele se tornar um importante jogador, de estar em uma Copa do Mundo.

Para finalizar, declaro aqui, que fui contra o Dunga na seleção, mas o apoiei durante a Copa do Mundo. Seria (e é) muito inocentismo não ver as coisas boas que ele deixou e as coisas ruins que ele fez. Tudo tem dois lados.

Bom, a Copa acabou para nós, mas ainda temos a Alemanha para dar show e a Holanda para ser campeã.
Agora, saiam, vamos falar de política. ;D 

7 comentários:

Venancio disse...

porra, política?

é isso ae, 2014 NÃO podemos perder
coitado do próximo técnico da seleção
auehuahehuaeuhau

Anônimo disse...

2014 é nossa !

Gutao disse...

Política? To de boa ! Ainda se adiantasse alguma coisa falar sobre, mas msm assim, msm falando, noticiando e fazendo o caralho a 4 as mentiras e robalheiras continuam as mesmas, prefiro falar de algo que tem futuro, e este sim, se falado, é melhorado: O FUTEBOL!

Bruno Massaioli disse...

Ei, mas vamos falar de futebol.

Comentem aí, vamos voltar com o ninho de cultura!
Hahahha

eu estava sendo irônico na frase da política.
Agora, comentem e avaliem o post. Isso êh importante

abraço

"Jack" disse...

Já pensou se o Dunga tira o Felipe Melo no intervalo e se o Brasil continuasse ganhando depois? (Não que uma coisa tenha a ver com a outra, mas só comentando).

Hoje o Felipe seria herói (passe do gol da vitória) e a gente estaria esperando as finais. QUE MUNDO LOUCO! Quer dizer, mundo normal, porque não aconteceu. HAHAHHAHA

Victor Bordinhon disse...

NÃO TÍNHAMOS COMBINADO DE SAIR NO MEIO DE SEMANA? ALGUÉM FAZ UM POST DISSO AÊ, POR FAVOR...

PS: BELO TEXTO BRUNA, MAS NÃO AGUENTO MAIS COPA DO MUNDO, EU QUERO BRASILEIRÃO!!!!

Victor Bordinhon disse...

AÊ, POR FAVOR, ALGUÉM PODE FAZER UM POST SOBRE A NOSSA SAÍDA DO MEIO DE SEMANA?


PS:BRUNA, PARABÉNS PELO TEXTO , MAS EU NÃO AGUENTO MAIS COPA DO MUNDO, EU QUERO BRASILEIRÃO!!!!!!!!!!!

PS: AGORA Q EU FUI VER QUADRADINHO COM O POST DO BOLÃO NO CANTO SUPERIOR DIREITO, É MUITO PROFISSIONAL!!!!!DA HORA PRA KRA...